domingo, 18 de julho de 2010

Rita Alves ao Cássio Junqueira

O ANJO E OS VERSOS D’ÁGUA
Ao Cássio Junqueira
Era um canto que li.
Abri a página, corri os olhos,
ouvi o som rutilante
dos versos em água.
Era um canto que ouvi.
Abri os olhos à inundação
melódica da voz cantante
dos versos em água.
Era um canto que escrevi.
Abri as folhas em branco,
do branco da roupa que vi,
dos versos em água.
Esse canto que li, ouvi e escrevi
saíram dançando entre dentes claros,
roupas claras
como versos em água.
Era água cristalina,
translúcida sinfonia
a percorrer o espaço de luz
nascidos em versos d’água.
As roupas brancas do menino,
o sorriso áureo do anjo,
a luz imanente do som
que o menino pesca na água
é poesia,
festa, fé, fonte,
é alegria.
É alimento puro que absorvo
Com sede ancestral
de quem busca a fé,
de quem procura a fonte,
de quem não tem alegria.
E esse menino vem
com delicadeza de nuvem alva
de clara luz de poesia
cantar versos em fonte
de água límpida em minh’alma

1 comentário:

Rita Alves disse...

Obrigada, queridos amigos de Genova, pela homenagem e leitura aos meus poemas! Uma grande alegria estar presente em forma de poema no belo espaço da biblioteca Berio. Vou divulgar o evento no facebook. Abraços a todos! Rita Alves.